Aripuanã não ficou alheia a efeméride alusiva aos 30 anos da morte do gênio cinemanovista Glauber Rocha, porém, o público local ainda não está habituado a assistir na tela grande filmes mais reflexivos, que façam pensar, ainda persiste determinado preconceito contra o cinema nacional, pois inúmeras cidades, no Brasil e no mundo fizeram homenagens a Glauber e sua vasta obra, sempre com lotações completas e ciclos de debates enriquecedores, proposta que o cineclube Navegantes sempre propõe aos seus participantes, pois a sessão de ontem (27 de Ago.) contou com cerca de 20 espectadores, que no transcorrer da exibição foram se retirando, permanecendo no recinto apenas 5 pessoas (qualidade). Não se deve esquecer que a principal proposta do cineclubismo é proporcionar conhecimento sobre a Sétima Arte, demonstrando que existem inúmeras possibilidades cinéfilas, sem deixar de exibir filmes mais "digeríveis" para o público "leigo", mas, também é importante salientar que, não possibilitar outras visões de mundo, corre-se o risco de excluir tal proposta sobre conhecimento estético, roteirístico, argumentativo, das formas de cinema que são realizadas no país e em todas as partes onde se faz e exibe cinema.
Um exemplo da importância do filme exibido ontem, é uma mostra dos cartazes do "Dragão da Maldade...' (imagens acima) confeccionados em todo o mundo, película ganhadora em Cannes (melhor filme e direção, entre muitas outras premiações) o que demonstra a força e relevância do cinema nacional, ainda em parte desprezado pelo público local. Uma pena, pois essas atitudes demonstram efêmero desconhecimento, desinteresse pela nossa cultura.
Cássio Marcelo de Oliveira Alves.
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