quinta-feira, 6 de julho de 2017

Cinema e Arte Rupestre

 Estas pinturas rupestres (ver fotos abaixo) se encontram na região dos Campos Gerais, no município de Jaguariaíva-Pr. (ver matéria a respeito no link abaixo:
http://www.gazetadopovo.com.br/vida-e-cidadania/desenhos-de-um-parana-bem-antigo-9a92iy00qldgqmd8pq9cdz5fy). Fui visitar o local com o intuito de conhecer principalmente as artes rupestres que, por segurança, mantêm-se propositalmente ‘’escondias’’, existindo a preocupação de serem danificadas (algo muito comum no Brasil, Niède Guidon que o diga) já que um excessivo número de turistas sem conscientização levaria a este risco eminente, ou seja, se perder algo ainda pouco estudado (poucas universidades visitaram o local). Por ‘’sorte’’, o acesso é difícil, quase impossível de se chegar sem a ajuda de um guia.
 Mas o que esta minha visita tem a ver com a Sétima Arte?
 Muit@s estudios@s, nas mais variadas áreas, tecem hipóteses ou mesmo teorias de que nossos antepassados do Paleolítico e Neolítico já construíam narrativas representando a imagem em movimento através das pinturas rupestres (ver interessante matéria neste link: http://www.superinteressante.pt/index.php/historia/artigos/635-cinema-pre-historico
e a partir das fotos que aqui publico, podemos citar algumas obras cinematográficas sobre o período pré-letrado da humanidade, com dois clássicos e um documentário não tão conhecido.
 Possivelmente o filme que me tenha aguçado (desde criança) o gosto pelo cinema tenha sido 2001: Uma Odisseia no Espaço (Stanley Kubrick, 1968), pois quando as cenas iniciais da obra remetem à ‘’Aurora do Homem’’ (humanidade) e na sequência primordial em que um de nossos longínquos antepassados desenvolve consciência, transformando um pedaço de osso em arma e a cena em que arremessa para o alto a ‘’arma-osso’’ e esta se transforma em uma nave espacial... talvez sendo a mais incrível elipse da história do cinema.
 Outra obra, que apesar de conter alguns equívocos pré-históricos (que não tiram a grandiosidade da película) é A Guerra do Fogo (Jean-Jacques Annaud, 1981), filme bem recebido pelas turmas-tanto do ensino fundamental como do médio, e se bem contextualizado, rendem boas atividades e debates (Cineclubismo e Educação ver mais neste blog).
 Encerrando (ou continuando) milhares de anos de história humana, indico a Caverna dos Sonhos Esquecidos (Werner Herzog-2010), documentário que retrata de forma magistral as pinturas na caverna de Chauvet, França.
Enfim, três filmes para se trabalhar em sala de aula ou delirar com a incrível capacidade intelectual humana desde tempos imemoriais...
Prof. Cássio Marcelo de O. Alves.