terça-feira, 10 de julho de 2012

Cinema, cartum e o gênero terror.

 Adão Iturrusgarai é um dos maiores expoentes da “atual” safra de cartunistas brasileiros e pela segunda ocasião publico no blog um cartum de sua autoria (a outra foi em 14/10/2011). A tirinha (Ilustrada, Folha de São Paulo, 05/06/2012) aborda com certa comicidade, provável diálogo entre cinéfilos sobre um dos mais enigmáticos atores a interpretar e imortalizar o conde Drácula no cinema: Bela Lugosi.
Com sua voz inconfundivelmente cavernosa, Bela Lugosi ao lado do pioneiro Max Schreck no antológico Nosferatu, filme de F. W. Murnau, (clássico expressionista do cinema mudo alemão realizado em 1922) deu continuidade, imortalizando de uma vez por todas a lenda do vampiro na telona.
O cartum retrata bem as palavras de alguns críticos que dizem que Bela Lugosi devido a incorporação tão perfeita do personagem teria sido “ator de um só papel”, afirmação que não é toda irreal, pois foi com esse personagem que Lugosi foi alçado ao estrelato e sempre será lembrado, mesmo realizando outros trabalhos antes e depois da clássica interpretação vampiresca.                                                          Aqui no Brasil também se pode citar um caso parecido ao que a tirinha retrata; o genial José Mojica Marins que criou (criador e criatura se confundem) um dos personagens mais conhecidos da cultura popular tupiniquim (dentro e fora do cinema) o lendário Zé do Caixão. Autodidata, Mojica fez cinema na raça, (leia a biografia “Maldito” de André Barcinski e Ivan Finotti) “sem conhecer” - reforço: Mojica é um gênio! - academicismos teóricos, realizou obras esteticamente relevantes para a linguagem cinematográfica contemporânea.
Cássio Marcelo de Oliveira Alves.

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