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Tempos atrás, julho de 2001, fui a um congresso da ANPUH (Associação Nacional de
História) ocorrido na UFF (Universidade Federal Fluminense) e como de praxe fui
vender camisetas além de prestigiar algumas palestras e apresentar uma
comunicação, porém, existia algo que para mim era muito importante: visitar o
Tempo Glauber. Primeiramente tratei de descobrir a localização, liguei no
serviço de informações e consegui o número do telefone, rapidamente telefonei e
fui atendido por uma voz tranquila, pausada, demonstrando preocupação
relacionada se eu possivelmente teria achado os documentos que essa senhora
havia perdido (assaltaram a Mãe de Glauber Rocha nas ruas do Rio de Janeiro)
essa senhora que me atendeu era Dona Lúcia Rocha (responsável por colocar no
mundo um dos maiores cineastas do século XX) comentei que não se tratava disso
e que eu queria imensamente conhecer o espaço (Tempo Glauber), ela me relatou
que o local estava em reformas mas por eu ter vindo de longe abriria uma
exceção, me explicou onde ficava e a partir de então fui fazer um tour pela
cidade maravilhosa.
Chegando lá,
toquei a campainha e fui recebido por ela, D. Lúcia, sempre muito atenciosa, me
apresentou o espaço (que à época não estava tão organizado como hoje. Ver
www.tempoglauber.com.br ) e ainda me
presenteou com um livro contendo o roteiro de um filme que seu filho nunca
havia realizado “Senhor dos Navegantes” (se não me engano, o primeiro roteiro
de Glauber Rocha). Após essa visita inicial retornaria ao “Tempo” em outras
duas ocasiões, na terceira vez acompanhado da amiga Rachel Coelho, que seguindo
o tino jornalístico, levou máquina fotográfica e fez essas fotos que seguem
acima. Nesse dia, mais uma vez D. Lúcia nos atendeu com primazia, dando-nos a
oportunidade de assistir obras do gênio (na época em VHS) no cinema do espaço,
(que exclusividade!).
Essa é mais uma história com uma mãe baiana.
Cássio Marcelo de Oliveira Alves.
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